sobriedade
Solto, a mão no bolso e na consciência;
Sem dormir o sol me cobra lucidez;
Na cabeça pesa ainda a embriaguez;
Puxa! Tornou-se uma virtude ter paciência!
O pé direito calçando sapato macio;
O esquerdo desnudo, tocava o chão;
Olhares externos me causam leve comoção;
Indagam minha presença triste, vazio;
Acendo um cigarro, recordo o caminho;
Noites de novembro, embriaguez de vinho;
toda a fantasia inebriada esvaneceu;
Agora é a realidade que ataca feroz;
Dor, sede, vertigem, lembranças do atroz;
Momentos de torturas que já se esqueceu.