O homem é a diferença, não a pedra

Distraído, o caminhante solitário

Nela tropeçou..., uma pedra jogada

No caminho, como veio ali parar

São tantas que encontramos nas

Estradas, por nossas vidas afora

Usada pelos brutos pelos ofendidos

Que nos jogam pedras quando bastaria

Cobrar-nos explicações, saber nossas razões

Virão projéteis, que nos ferem

Se fosse um construtor, não a jogaria a esmo

Usaria esta pedra, incorporaria a mesma

A construir palácios, moradias, edificar seu

Castelo seria bem mais promissor

Ao longo da estrada o camponês, cansado

Da sua lida diária, após o alimento colher

E semear para o futuro, prover, dela fez assento

Descansa a sombra do carvalho

Bem faz o seu uso depois do trabalho

Quando menino, fiz dela brinquedo

Sempre entre meus dedos era carga de artilharia

Em minha atiradeira, com minha mira certeira

Pobres passarinhos..., coisas de menino

Drummond já a mencionou, uma pedra no caminho

No caminho uma pedra, não me lembro tudo...

Foi ela que matou o gigante, o malvado Golias

Foi David, o grande rei, soberano e herói

Agora me lembrei de meu pai, o estrangeiro

Que aqui chegou que cruzou um oceano

O velho lusitano David, meu saudoso pai

Da pedra criaram-se imagens sagradas

Estátuas maravilhosas, civilizações antigas

Retratavam nelas imagens imortais

Como Michelangelo o bem fez

Vamos aproveitar as pedras que encontramos no nosso

Caminho, e usá-las para o nosso próprio crescimento, não

existe pedra da nossa estrada que não nos sirva de lição.

Gerson(210710)

Este texto foi inspirado pela minha amiga Fedra, do yahoo.

gaalmeida
Enviado por gaalmeida em 23/08/2010
Código do texto: T2454858
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