QUEM SABE SE EU TIVESSE O DOM

(Este poema já rodou o mundo e foi traduzido em mais de dez idiomas)



Se eu tivesse o dom
De nunca esperar o raiar do dia
E contar no céu estrelas cadentes
Como se fossem espaçonaves
Aterrissando em gotículas
Nas noites;

Se eu tivesse o dom
De ser mais veloz que a luz,
Em câmera lenta
Passearia sobre as campinas
Como um pirilampo
Pousando aqui, ali
Rumando incerto
Em alegres toques
Que não sinto
Mas que sinto num sonhar
Seu invisível toque;

Se eu tivesse o dom
De antever o presente
Da felicidade
Que sempre esteve ausente
Quem sabe
Eu não mais sonharia
Com um Universo paralelo
E uma fuga dormente
Fantástica
De ter na fuga
Uma fantasia como semente;

Se eu tivesse o dom
Ainda
De jogar meus rascunhos fora
E reescrever mil metáforas
Quem sabe
O futuro me aguardasse
E me desse de presente
O passado
Em que livre sendo criança
O mal não povoava minha mente;

Se eu tivesse o dom
De ainda
Esperar
De ser mais veloz que a luz
E pousar em qualquer lugar
E antever o presente
E escrever mil metáforas
Quem sabe...

Quem sabe
Eu teria - de novo -
O dom de sonhar...

Quem sabe
Eu aspirasse o odor pueril
Das manhãs
E ficasse desesperado
Pra contar a todos
Que vagam como pirilampos
Quão belo é o despertar.



(Rehgge, 1/4/09)


*****


(This poem has traveled the world and been translated into over ten languages)

WHO KNOWS IF I HAD THE GIFT

REHGGE
Enviado por REHGGE em 23/08/2010
Reeditado em 30/11/2012
Código do texto: T2454370
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.