POR QUÊ?
Por quê?
por que me foi sumir da vida?
Que diabos há?
que houve, pequena, me diz?!
Preciso da sua calma...
Preciso da sua alma.
Da sua flor que me abraça...
Da praça que é seu coração.
Por quê?
porque tem de ser assim?
de que me adianta lamentar?...
essa coisa inexplicável.
Talvez você seja louca.
Por si quanto sou por você.
Pergunto, clichê:
mas por quê?
Onde está, menininha?
Preciso, preciso...
Sou uma montanha
com os joelhos doentes:
Tementes são os cristãos:
quem me protege, porém,
me faz não temer a nada
nem a si.
Você é meu deus.
É onde repouso meu espírito.
O sujeito, o eu, o suposto:
esse gosto de existir.
Por quê?
por que me foi sumir da vida?
Que diabos há?
que houve, pequena, me diz?!
Surja, do nada.
E me venha falar.
Fale, assim, como se nada houvesse havido:
sob minha cara assustada.
Tudo me é normal
depois do seu carinho...
Vem, que preciso parar de rimar
coisas com sozinho.