DESEJUMANO
Amo mais a humanidade que a mim
Não vejo bem as minhas margens
Realizo porém os contornos humanos
As emoções e lagrimas deliciosas
De amar as coisas das coisas
O querer sem ter preciso o que
O desejo é o maior trem que existe
Com vagões chumbados ao infinito
A forma mais perene que a vida vê
A dor tem por exato de onde vem
Paradoxo incrível e por mim crível
Invisível aos olhos não-nus
Irresistível aos corações incríveis