CONVERSA DE BOTEQUIM NÃO TEM FIM
– Olá, poeta, tem horas?
– Não uso relógio, sou poeta sem tempo errado para viver, não me incomoda o intermediário. Também sou sem tempo certo para morrer.
– Eta poeta irresponsável!
– Não, sou apenas tão ocioso quanto os seus cabelos brancos. Não tem jeito mesmo!
– Nem horas, meu senhor!
– Até logo, vou dormir!
- Até breve, vou sonhar enquanto a realidade da terra me permitir!!!