ABRIGO
Arranco de dentro de mim
o pouco capim seco,
Pois a fumaça já subiu bem alto.
Minhas defumadas entranhas
Tem crostas, tamanhas
como a Terra
com sua mata seca,
e sua fumaça, alta.
Por aqui estar e por estar por aqui,
Tenho que me parecer,
Tenho que me estrear, me estragar,
Me embrenhando nos matos
Cansados,
Enquanto a crosta
Alberga e abriga seus filhos,
Seus répteis, às vezes em locais
Quentes demais.
E muitas das vezes
O abrigo é inimigo,
E alberga também
Flambados elementos
Fabricados de cimentos
Fraudulentos e sépticos.