O náufrago
Remetendo o corpo
Em fardo errante
Que é desvendar
As entrelinhas da vida,
Através do pensar.
Afogo-me nas águas
Do mar de dúvidas
Qual marulhante
Esconde a linha
Do horizonte.
Eis, que não vejo ponte
Ou vestígio de ilha,
Para que não naufrague
E então sobreviva.
Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2010.