A EROS EXPONHO MINHA PSIQUIALGIA
(ou Eros à F. Pessoa)
Amado meu,
Não sou Vênus a mãe de Eros,
No entanto, quis dar-te este nome
Aceitastes sem resistir,
Levados pelas águas de Pessoa,
Mas, diferentemente dele, cá, eu não sei separar,
Corpo, desejo, e ser.
Estou sofrendo.
Eros és o deus do amor, nascido de Vênus,
Símbolo do desejo, cuja energia é a libido.
Princípio da ação.
E eu, quem sou??
Era, aquela que estabelece datas,
Corta períodos
Divide o tempo.
Não gostei de ser Era.
Antes a opção da Flor.
Ser-me-ia menor a psiquialgia????
Não teria esta dor
Não teria tantos devaneios
Não estaria eu a ermo?????
Fui lançada ao vento.
Padeço. Cortaram-me pés, mãos, braços.
Estanque.
Sou quem quero
E não posso ser.
Não posso ser de Eros
Pertenço à outra Era.
Não quero apenas ser a doadora da tua energia
Quero que me ames
Quero amor de tantas eras
Quero amor de saber
Palpável, afável.
Real.
Ilusão já tenho todas do mundo.
Procuro o melhor de ti e de mim.
Não te mostras. Estás trancado para mim.
Do que mostras, não vejo nada de ti.
Não compreendo meus sentimentos.
São dúbios. Confusos. Atordoam-me os sonos.
Procuro Morféu
E a ele me entregarei de corpo e alma.
Se sabes o diagnóstico,
Não tens o antídoto ????
Deixarás que eu morra???
Em verdade muitas vezes deixei-te matar-me.
Estou doente de ti.
Faz-me bem, faz-me mal.
E que sandice é esta que me faz tua escrava?
Por onde devo me procurar?
Devo mudar o roteiro desta viagem?
Lisboa 17/02/2003
Foto: Alfama, Lisboa, Divina Jatobá
(ou Eros à F. Pessoa)
Amado meu,
Não sou Vênus a mãe de Eros,
No entanto, quis dar-te este nome
Aceitastes sem resistir,
Levados pelas águas de Pessoa,
Mas, diferentemente dele, cá, eu não sei separar,
Corpo, desejo, e ser.
Estou sofrendo.
Eros és o deus do amor, nascido de Vênus,
Símbolo do desejo, cuja energia é a libido.
Princípio da ação.
E eu, quem sou??
Era, aquela que estabelece datas,
Corta períodos
Divide o tempo.
Não gostei de ser Era.
Antes a opção da Flor.
Ser-me-ia menor a psiquialgia????
Não teria esta dor
Não teria tantos devaneios
Não estaria eu a ermo?????
Fui lançada ao vento.
Padeço. Cortaram-me pés, mãos, braços.
Estanque.
Sou quem quero
E não posso ser.
Não posso ser de Eros
Pertenço à outra Era.
Não quero apenas ser a doadora da tua energia
Quero que me ames
Quero amor de tantas eras
Quero amor de saber
Palpável, afável.
Real.
Ilusão já tenho todas do mundo.
Procuro o melhor de ti e de mim.
Não te mostras. Estás trancado para mim.
Do que mostras, não vejo nada de ti.
Não compreendo meus sentimentos.
São dúbios. Confusos. Atordoam-me os sonos.
Procuro Morféu
E a ele me entregarei de corpo e alma.
Se sabes o diagnóstico,
Não tens o antídoto ????
Deixarás que eu morra???
Em verdade muitas vezes deixei-te matar-me.
Estou doente de ti.
Faz-me bem, faz-me mal.
E que sandice é esta que me faz tua escrava?
Por onde devo me procurar?
Devo mudar o roteiro desta viagem?
Lisboa 17/02/2003
Foto: Alfama, Lisboa, Divina Jatobá