[o rio entrega-se sem rancor]

o rio entrega-se sem rancor

ao prazer do fim

delicadas

as suas mãos acolhem o sal

ou o sol

os cabelos do sol

quando nos seus braços

se recolhe

dá-se íntegro

como uma palavra tecida

no mais suave linho

nado na face das águas

o rio aqui é o poema

onde as aves inventam o seu canto

Xavier Zarco
Enviado por Xavier Zarco em 20/09/2006
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