Percepção.
Não estou entendendo nada
Parece que as poesias ficaram mudas.
E eu fico perplexa, ao ver-me
Sem ouvir o que dizem as palavras.
Não compreendo o nascer da flor
Nem o estampido de um tiro.
Não entendo o amor de mãe
E o amanhecer. Eu nada atino!
Passo desapercebida pelas nuvens
Pelas paisagens serenas e tranquilas,
Passo pelas margens
Parecendo nunca tê-las lido!
A minha sensibilidade, parece ferida
Eu pareço ignorante, diante dos livros
Eu me sinto vazia, sem rimas, nem versos
Sem compreender as poesias!
Pergunto-me: O que terá sido?
Talvez a culpa de um amor rompido!
Talvez amor demais que me absorva
E que deixe assim, introvertido!