AMOR INSANO
AMOR INSANO
Perdão, meu amor
Perdoa meu coração
Este pobre, demente
Que insano, lança sementes
De sedução, de louca paixão
Sem pudor, culpada, perdão
És minha vida, o céu, e a razão
Que as vezes vem ressurgir
Envergonhada, em pudor, a emergir
E a gritar ao pobre demente
Culpado, sim mas inocente
Coração em fogo ardente
Que da alma, cala a voz
Ousar te amar, falar em nós
Perdão, meu amado, foi demais
Amar-te, sentir-me amada, como jamais
Nesta vida pude saber
Só mesmo tu, para me refazer
Mas sinto minha alma atrevida
De inteiro, querer tê-lo nesta vida
Tentar sorver-te o perfume
Na voz que a paixão resume
Não tenho o direito de ser feliz
Diz a razão em voz de minha alma
Não, pôr agora, não condiz
Ardem-me, o que diz em doce calma
Lágrimas sem cores chorei
Banhou-me a face, e sonhei
Querer sentir-te, só pode ser, em sonhar
Invadindo, arrebatando todo meu ser
Num mundo sem máculas, imaginei
Nós dois de mãos dadas a passear
Dedos entrelaçados, livres lábios a beijar...
DIANA LIMA/ITANHAÉM/SP, 03/11/2003
Sob lei dos direitos autorais n. 9.610 de 19/02/1998