Vestido Luxúria...
A luxúria é um Vestido e seu rosto é uma máscara sem face...
Como ela dança as pernas,
Os seios, as poses, os lábios,
Meus olhos arrastam-se no visível solúvel de seu sabor...
Minha mente lúcida,
Veste-se de Lascívia e não há nada a fazer,
Apenas ansiar-te em um luxo...
Sua doçura tenra – suas colinas inatingíveis,
Enfeita teu deleite frio e seu frenético sensualismo,
Com o pasmoso paladar.
Em tua boca nasce,
O desejo que perece e pisa por completo teu corpo,
Delira tua pele convulsa entre o espectro da lubricidade,
Assim tu andas – com os ensejos a abater,
Todas as ambições...
O olhar de rutilo não susta,
Tilinta entre tua sinfonia,
A recitar versos de fantasia,
Com as notas suavemente cálidas... Maiores e Mínimas...
Alcanço com mel teu corte,
Restauro-o - dou-lhe fim...
Despida tua veste,
Com o mais forte dos vendavais,
No dilúvio teus farrapos,
E em meu olhar jaz tua pele nua...
As horas expiram,
Diluindo-se em coisa nenhuma,
Penetrando em ti um Inferno delicioso,
E neste sentir,
Fecho teus olhos,
Aperto tuas pernas do quadril ao joelho,
Respiro em teu ouvido trêmulo,
Acalantando sua Veemência,
Levando-te a finitude de seu ser...
Dou-te a alma de minh’alma,
Em plena a essência,
Onde tudo cede... Onde tudo cessa... Onde tudo surge e fenece... Vive e Morre...