18/08/2010 (Poema que pode ser lido assim...)
Quando a meu lado passaste aquela tua fragrância a canela
tudo envolveu
nessa mistura com incenso e fogo oferecidos,
sopro de vida,
acordar espírito adormecido, embalado nas promessas distantes
esquecidas, sem lembranças,
profundezas de poço lacrado,
fechado pela montanha envolta em neves perpétuas.
Sorri tentando descrever a sensação
causada,
tentei trautear uma música circunstancial, adaptada
escondida pela memória cansada do barulho
do dia claro sem nuvens gordas passeando em suaves formações,
apenas relembrava som de guitarras distorcidas
misturadas nas batidas fortes do violento tambor,
num repente ouvi um violino chorando,
os meus olhos chamaram então por ti,
desaparecias lá bem longe
protegida por gaivotas dançando suavemente
a nossa canção.