Um encontro consigo mesmo.

Ouvi no espaço nulo do teu silêncio

um ruído incomum,

parecia que teu peito palpitava

dentro do brilho dos teus olhos.

E sem que você percebece

Desprendeu-se um breve suspiro

quase inaudível,

mas que meus tímpanos captaram.

Aos poucos o concreto duro da sua formalidade

Era corrompido pela emoção flamejante

que seu interior incendiava.

Um pranto leve contornou sua face,

nunca tinha a visto lacrimejar,

e em uma ação súbita lançou-se em meus braços,

Aceitando toda sua fragilidade,

e com a inocência de uma criança segura,

no meu ombro entorpeceu-se e adormeceu.

E por um momento em sua vida

pode ser ela de verdade.