Imensidão.
Perco os olhos neste vazio,
a tristeza consome, apavora,
busco o nada
fujo em ondas revoltas de um mar bravio.
Num lampejo de emoção
busco na infância
um minuto para a linda sensação
solto o ser nas asas de uma gaivota
perfumo o ar nas pétalas de uma flor
derramo chuva são olhos em lágrimas
recebo beijos do beija-flor
Sopro alegrias aos ventos
que as levam colorindo corações.
Então o vazio da existência se faz presente.
Aos espelhos reflexos que nada enxergo.
Nos ouros os brilhos que cegam
Pelo mundo apenas extensão dos vazios.
Nada vejo, resumos de sensações em branco
tudo esta tomado por névoas
névoas da solidão, onde nada importa
ou tudo falta, ou falta o eu.
E a emoção se faz cárcere desta imensidão!