...Anjos sem nome...
Anda teu corpo nu por entre a floresta,
Seus cabelos negros,
Fio a fio - derramam-se em meio ao despencar de folhas mortas...
Meus olhos perseguem entorpecidamente seguem seu vulto...
Silenciosa a ondear,
Seus olhos transcendem a cor da relva mais escura,
Onde sua voz é o vento e seus ventos sou eu...
Meus lábios procuram os teus por toda parte,
Com os dedos no dorso de tua fronte,
Meu corpo devora o teu em chamas...
Em meio à paisagem morfina,
Tudo se fez Febre,
Mantos na face entre as gotas,
Purifica-se a deslizar suavemente,
Em teu seio adsorvo...
Insone as árvores perpetuam,
Todo nosso instante...
Desfilando nossas carnes,
Somos enforcados por nossos desejos,
E nosso crime entre nossa alma,
Nada sussurra...
Nossa Paixão deitada,
Com o aroma doce e natural,
Nossa Eterna lembrança...
Melodia alucinada,
Amante de abraço puro,
Teu grito resvalou no meu,
Então ecoamos em nosso Precipício,
Um feroz Amor sem nome...
A possuir nosso ser – que se despedaça...
Na terra sangra nossa impureza,
Nos caules a ferida vontade,
Ao céu de um perfume virgem,
No vento cruza nossa lascívia,
Em uma tempestade de devassidão...
Tudo urra em nosso nome e urramos um pelo outro...
Toda a nossa insignificância,
Com o maior dos significados,
Somos,
...Anjos sem nome...