...Anjos sem nome...

Anda teu corpo nu por entre a floresta,

Seus cabelos negros,

Fio a fio - derramam-se em meio ao despencar de folhas mortas...

Meus olhos perseguem entorpecidamente seguem seu vulto...

Silenciosa a ondear,

Seus olhos transcendem a cor da relva mais escura,

Onde sua voz é o vento e seus ventos sou eu...

Meus lábios procuram os teus por toda parte,

Com os dedos no dorso de tua fronte,

Meu corpo devora o teu em chamas...

Em meio à paisagem morfina,

Tudo se fez Febre,

Mantos na face entre as gotas,

Purifica-se a deslizar suavemente,

Em teu seio adsorvo...

Insone as árvores perpetuam,

Todo nosso instante...

Desfilando nossas carnes,

Somos enforcados por nossos desejos,

E nosso crime entre nossa alma,

Nada sussurra...

Nossa Paixão deitada,

Com o aroma doce e natural,

Nossa Eterna lembrança...

Melodia alucinada,

Amante de abraço puro,

Teu grito resvalou no meu,

Então ecoamos em nosso Precipício,

Um feroz Amor sem nome...

A possuir nosso ser – que se despedaça...

Na terra sangra nossa impureza,

Nos caules a ferida vontade,

Ao céu de um perfume virgem,

No vento cruza nossa lascívia,

Em uma tempestade de devassidão...

Tudo urra em nosso nome e urramos um pelo outro...

Toda a nossa insignificância,

Com o maior dos significados,

Somos,

...Anjos sem nome...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 16/08/2010
Código do texto: T2441872
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