...Sangrando a dor...

Espelhos estilhaçados,
panos rasgados,
vasos quebrados...
Coração despedaçado!

             Fugas incessantes...
             Retratos na estante...
             Dores constantes...
             Lâminas cortantes!

                            Reflexos contrários
                            esse ar solitário
                            em meio a incerteza do hereditário
                            desse homicida precário

           Nesta ignomínia que me assombra
           não resta pureza em meus atos
           convivo a cada dia com as loucuras
           na igualha que não me pertence
           entre a insanidade e a crueldade
          deslocando os objetos e sentimentos
          na ligeireza das minhas próprias mãos
          para ferir-me... até sangrar todas as dores!...
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 15/08/2010
Código do texto: T2440407
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