Começar de novo
Longe de teu amor não serei um cara plangente
Alegre nem um cara de aspecto assim tão feliz
Serei talvez o homem mais moribundo e carente
E me arrependerei de tudo que demente fiz.
Alimentarei a esperança que pouco a pouco irá morrer
Andarei pelas estradas tortuosas em busca da felicidade...
Não temerei a voracidade dos homens ditos valentes...
Abrigar-me-ei em casa, distante de toda falsa gente.
Se forças ainda estiver, buscarei em minha lembrança
A beleza desse amor, a vida idolatrada, caminharei
Rumo ao fim, com essa paixão dentro de mim, às margens
Dessa estrada colorida plantarei rosa e jasmim,
Proferirei verdades sem fim.
Predileta pretensão, um copo de cerveja na mão, querendo
Viajar no tempo, não serei um beberrão, viverei do saber de outrora,
Pelo amor que foi embora, não sonharei, não cantarei e então
Embebedar-me-ei do sonho de outrora, viajarei nas asas da ilusão,
Mas não reviverei o passado, viverei o presente e para o futuro
Estenderei as mãos.
Cara, caramba, cairei no samba, se a vida vazia tiver ido embora,
Dançarei a noite inteira, pararei no infinito, viverei sonhos bonitos,
Abraçarei, beijarei outra face, para nunca mais sofrer desgosto
O momento é agora longe do pensamento roto.