Começar de novo

Longe de teu amor não serei um cara plangente

Alegre nem um cara de aspecto assim tão feliz

Serei talvez o homem mais moribundo e carente

E me arrependerei de tudo que demente fiz.

Alimentarei a esperança que pouco a pouco irá morrer

Andarei pelas estradas tortuosas em busca da felicidade...

Não temerei a voracidade dos homens ditos valentes...

Abrigar-me-ei em casa, distante de toda falsa gente.

Se forças ainda estiver, buscarei em minha lembrança

A beleza desse amor, a vida idolatrada, caminharei

Rumo ao fim, com essa paixão dentro de mim, às margens

Dessa estrada colorida plantarei rosa e jasmim,

Proferirei verdades sem fim.

Predileta pretensão, um copo de cerveja na mão, querendo

Viajar no tempo, não serei um beberrão, viverei do saber de outrora,

Pelo amor que foi embora, não sonharei, não cantarei e então

Embebedar-me-ei do sonho de outrora, viajarei nas asas da ilusão,

Mas não reviverei o passado, viverei o presente e para o futuro

Estenderei as mãos.

Cara, caramba, cairei no samba, se a vida vazia tiver ido embora,

Dançarei a noite inteira, pararei no infinito, viverei sonhos bonitos,

Abraçarei, beijarei outra face, para nunca mais sofrer desgosto

O momento é agora longe do pensamento roto.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 19/09/2006
Reeditado em 24/09/2006
Código do texto: T243823
Classificação de conteúdo: seguro