Da última palavra, afetos & solidão!

Nonada.

Já foi o tempo lacrimoso

Algumas centelhas pairando em desespero

E desta que engasga o choro

Com os rancores das despedidas

Hirtos lamentos pela nau escura

Tua voz definha no horizonte,

Enquanto rasgo cada palavra

Suas últimas com todos os espólios

Na sôfrega razão de certa vendetta

Cálida pelos desejos insabidos

De outrem em cada partida

O mar me toma de novo

Entre insalubres afetos

Vez que a voz se cala latina

Entre outra solidão

E tua palavra mal dita

No silêncio das estrelas,

Embarcado com os restos,

Desta tua vasta amargura

Buscarei meu Jardim, minha Ilha,

Para recompor feridas e novas palavras.

A palavra que as faces contorce, traz consigo a solidão.

Nela navegarei até reencontrar o bom da vida!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 19/09/2006
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