Um Corpos...
Impregnados pelo desejo,
Uma aflição a gritar,
O sangue fez-se rastejo – a espera do realizar...
Decaídos em pleno fervor,
O silêncio reflete no semblante – teu insano pedido...
O cerne entre o prazer e a dor,
A libido enlouquecida,
Ambos – rumo ao próprio infinito...
Em teu sopro o instinto,
Entorpecido aguarda,
Um doce envenenar,
Seu olhar a maliciar o deleite,
Em meio a meus dedos,
Transcorre teu corpo
Adotando tua pele...
Lentamente...
Seio a Seio,
Lábio a Lábio,
Nossos gostos se confundem – com todas as nossas vontades...
Seu perfume é nosso – seu sabor é o meu – sem eu ou teu,
Somos enlaço por entre a noite,
O álcool de nossos desvarios,
A embebedar a carne do despudor...
O instante inerte analisa,
Dois Amantes em um leito...
Todos os sentidos fazem-se um,
Não desejo que tua boca,
Sussurre em meu ouvido um sentir límpido,
Deixa que teu corpo murmure por ti,
Até sua última oscilação,
Admite tua carne, urrar por mim...
Desfruta-me com o silêncio de suas mãos,
Com agressividade de suas mordidas,
E a cobiça de ser apenas eu,
Aquele com o Dom de lhe saciar...
...Sou teu bel-prazer...
...O sentir do seu nascer...
...A ilusão que não deseja matar...