Um Corpos...

Impregnados pelo desejo,

Uma aflição a gritar,

O sangue fez-se rastejo – a espera do realizar...

Decaídos em pleno fervor,

O silêncio reflete no semblante – teu insano pedido...

O cerne entre o prazer e a dor,

A libido enlouquecida,

Ambos – rumo ao próprio infinito...

Em teu sopro o instinto,

Entorpecido aguarda,

Um doce envenenar,

Seu olhar a maliciar o deleite,

Em meio a meus dedos,

Transcorre teu corpo

Adotando tua pele...

Lentamente...

Seio a Seio,

Lábio a Lábio,

Nossos gostos se confundem – com todas as nossas vontades...

Seu perfume é nosso – seu sabor é o meu – sem eu ou teu,

Somos enlaço por entre a noite,

O álcool de nossos desvarios,

A embebedar a carne do despudor...

O instante inerte analisa,

Dois Amantes em um leito...

Todos os sentidos fazem-se um,

Não desejo que tua boca,

Sussurre em meu ouvido um sentir límpido,

Deixa que teu corpo murmure por ti,

Até sua última oscilação,

Admite tua carne, urrar por mim...

Desfruta-me com o silêncio de suas mãos,

Com agressividade de suas mordidas,

E a cobiça de ser apenas eu,

Aquele com o Dom de lhe saciar...

...Sou teu bel-prazer...

...O sentir do seu nascer...

...A ilusão que não deseja matar...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 13/08/2010
Código do texto: T2436294
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