Sobrevida

nós mantemos tudo

calados nós ouvimos

os temores que se apagam

no alvorecer

eu te escuto, soluçar

enquanto dorme

anoto os sussurros ...

seus pesadelos são,

as equações de que necessitamos

tanto...

Sobrevida

logo chega o alquimista

e prepara o antidoto

e depois nós sonhamos

seus sonhos

por que nós não podemos

e de alguma forma isso te assusta?

Sobrevida , garimpando sua mente

e enquanto você arde em febre

nós caminhamos seus caminhos de loucura

e é a nós que você deve agradecer

sua criação ou sua criatura

lá vem o alquimista

vai espremer sua espinha

queimando 5 petalas de flores

deixo minha pelagem cinza pra secar

atrás da tua porta

a viagem foi dura

saindo da sua cabeça

nós mantemos tudo

como um belo sonho arrancado

o mundo gira nos eixos

e por ora

vou devorar minha sobrevida

enquanto você acorda

nós retornamos de volta

para baixo, para baixo...

quando o sono chega

o alquimista retorna

e agora...

para baixo da sua cama...

AbnerSohel
Enviado por AbnerSohel em 13/08/2010
Código do texto: T2436005
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