Sobrevida
nós mantemos tudo
calados nós ouvimos
os temores que se apagam
no alvorecer
eu te escuto, soluçar
enquanto dorme
anoto os sussurros ...
seus pesadelos são,
as equações de que necessitamos
tanto...
Sobrevida
logo chega o alquimista
e prepara o antidoto
e depois nós sonhamos
seus sonhos
por que nós não podemos
e de alguma forma isso te assusta?
Sobrevida , garimpando sua mente
e enquanto você arde em febre
nós caminhamos seus caminhos de loucura
e é a nós que você deve agradecer
sua criação ou sua criatura
lá vem o alquimista
vai espremer sua espinha
queimando 5 petalas de flores
deixo minha pelagem cinza pra secar
atrás da tua porta
a viagem foi dura
saindo da sua cabeça
nós mantemos tudo
como um belo sonho arrancado
o mundo gira nos eixos
e por ora
vou devorar minha sobrevida
enquanto você acorda
nós retornamos de volta
para baixo, para baixo...
quando o sono chega
o alquimista retorna
e agora...
para baixo da sua cama...