Louca Amante...

Leal é o riso em tua imagem?

Confiar-te-ei meu segredo mais profundo a orla de teu acaso?

Meu vício sobre tua luxúria,

Na luz ébria,

Do sono dos malditos,

Onde tudo é divino,

Onde debruço meu amor De Profundis?

Tolo!

Encontrei em sua Noite,

A tonalidade de minha sombra,

Meus olhos sobre toda tua luz...

De cego a vidente... Ou ainda... Ilusão...

Aprecias o quão vasta fora minha singeleza?

Na farsa de teus atos,

Nesse teu palco – entreguei-me,

Esperando o enlaço final...

O veneno do teu beijo,

O sonho boreal,

Cumpre-me tua não promessa?

Dar-me o teu não enigma?

Nunca a esperança fez-me tão forte,

E os impulsos tão fraco...

As estações perpassam,

Com ou isentas purezas,

Apenas as saúdo,

Com um louvor de contemplação...

Meu Corpo e Alma,

Minha vontade,

Meu desejo,

É que o antigo vento,

Ao atingir tua face,

Eternize o nosso mais confino instante...

Então saberei o quão vivo sou em ti...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 13/08/2010
Código do texto: T2434843
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