Louca Amante...
Leal é o riso em tua imagem?
Confiar-te-ei meu segredo mais profundo a orla de teu acaso?
Meu vício sobre tua luxúria,
Na luz ébria,
Do sono dos malditos,
Onde tudo é divino,
Onde debruço meu amor De Profundis?
Tolo!
Encontrei em sua Noite,
A tonalidade de minha sombra,
Meus olhos sobre toda tua luz...
De cego a vidente... Ou ainda... Ilusão...
Aprecias o quão vasta fora minha singeleza?
Na farsa de teus atos,
Nesse teu palco – entreguei-me,
Esperando o enlaço final...
O veneno do teu beijo,
O sonho boreal,
Cumpre-me tua não promessa?
Dar-me o teu não enigma?
Nunca a esperança fez-me tão forte,
E os impulsos tão fraco...
As estações perpassam,
Com ou isentas purezas,
Apenas as saúdo,
Com um louvor de contemplação...
Meu Corpo e Alma,
Minha vontade,
Meu desejo,
É que o antigo vento,
Ao atingir tua face,
Eternize o nosso mais confino instante...
Então saberei o quão vivo sou em ti...