FANTASMAS DE MIM!
É sempre na calada da noite,
quando d’um sono profundo
acordo assustada e num pulo
posto-me de pé. E na visão grafite,
desenho o medo de mim, oriundo,
de mim sem você, incrédulo!!!
É sempre na calada da noite,
que desfilo entre fantasmas
libertos de mim a me atordoar!
O mais feroz chega como açoite,
me jogo num canto em lágrimas;
ele é meu SONHO que fiz ACORDAR!
É sempre na calada da noite,
que venho me assombrar!
Eu tenho tanto medo de mim!
O amor me veio em trâmite,
não pude nem segurar...,
já começou com reticências e fim!
E foi na calada da noite,
que amei e chorei e hei de morrer!
Se não for por medo de mim,
que pude te amar sem limite,
será pela ausência d’um adormecer
desse amor que persegue, sem fim!