Ipê amarelo
João Geraldo Orzenn Mattozo
(Aprendiz Parnanguara)
Um enorme ipê, frondoso, enfeitado em amarelo,
Jamais vira um assim, jamais um nestas pradarias,
(Olha que árvores bonitas e raras, aqui, vi várias).
Parecia dizer algo, parecia estar fazendo um apelo!
Dele aproximei-me, toquei-o de leve, sem repelo,
Abracei-o, como tu a um amigo abraçarias,
Como alguém poderia queimá-lo em olarias,
Pena de ti, amigo, pena vê-lo como triste modelo!
Escreve-se a vida com atos e ações diárias,
Há vidas medíocres, há vidas ordinárias,
Vidas musicais, sons de belíssimas árias,
Misturam-se em meio às dos míseros párias!
Por trás do feio, transfigura-se o que é belo,
É uma mera minúcia ter ou não ter cabelo,
Meio século vivido, quis rabiscar no ipê com o cutelo:
“Os detalhes da vida, prometo olhar com mais zelo!”
*Imagem disponível no google.
João Geraldo Orzenn Mattozo
(Aprendiz Parnanguara)
Um enorme ipê, frondoso, enfeitado em amarelo,
Jamais vira um assim, jamais um nestas pradarias,
(Olha que árvores bonitas e raras, aqui, vi várias).
Parecia dizer algo, parecia estar fazendo um apelo!
Dele aproximei-me, toquei-o de leve, sem repelo,
Abracei-o, como tu a um amigo abraçarias,
Como alguém poderia queimá-lo em olarias,
Pena de ti, amigo, pena vê-lo como triste modelo!
Escreve-se a vida com atos e ações diárias,
Há vidas medíocres, há vidas ordinárias,
Vidas musicais, sons de belíssimas árias,
Misturam-se em meio às dos míseros párias!
Por trás do feio, transfigura-se o que é belo,
É uma mera minúcia ter ou não ter cabelo,
Meio século vivido, quis rabiscar no ipê com o cutelo:
“Os detalhes da vida, prometo olhar com mais zelo!”
*Imagem disponível no google.