Ousadia

É hora de cortar as raízes fincadas

nas tuas promessas

e divorciar-me das tuas vontades.

É hora de desregular a sensatez

e fazer vibrar os sons contidos

até quebrar espelhos.

Quero ter os meus segredos

confessos na palma da mão

e deixar para depois os julgamentos.

Urge decantar as dores

e ser lágrima misturada ao rio

para desaguar em mares ignotos.