A eterna poesia do meu corpo sangra,
Imagens:Google.
Clama para ser jogada ao vento,
E encontrar-se com outras poesias,
E enamorar-se de outros corpos,
E encantar milhões de seres,
Com seus ritos e mitos e maneiras de ser.
Essa eterna poesia do meu corpo lateja,
Roga para ser jogada ao mundo,
E aproveitar a mansidão da alvorada,
Sentir o cheiro da noite nascendo louca,
Em cada boca morar, ser declamada,
Eternamente viver em cada mente,
Em cada peito viver e ser amada,
Ser derramada em terra tal qual semente.
Minha eterna poesia tira a roupa,
Se desnuda e se mostra,
para qualquer um que quiser lhe ter,
E se entrega submissa,
E emociona nesse cio lírico:
O cio de se dar sem receber.
Imagens:Google.