A eterna poesia do meu corpo sangra,

Clama para ser jogada ao vento,

E encontrar-se com outras poesias,

E enamorar-se de outros corpos,

E encantar milhões de seres,

Com seus ritos e mitos e maneiras de ser.


Essa eterna poesia do meu corpo lateja,

Roga para ser jogada ao mundo,

E aproveitar a mansidão da alvorada,

Sentir o cheiro da noite nascendo louca,

Em cada boca morar, ser declamada,

Eternamente viver em cada mente,

Em cada peito viver e ser amada,

Ser derramada em terra tal qual semente.


Minha eterna poesia tira a roupa,

Se desnuda e se mostra,

para qualquer um que quiser lhe ter,

E se entrega submissa,

E emociona nesse cio lírico:

O cio de se dar sem receber.



Imagens:Google.

Bú Martins
Enviado por Bú Martins em 12/08/2010
Código do texto: T2432852
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