Eternas pontes II

Ter sob os pés uma ponte

ter como extremidade

de um lado o Recife holandês

do outro a pernambucanidade

Poder cruzar esta ponte

de um lado a Rio Branco e o mar

do outro o Campo das princêsas

a praça e o velho Baobah

poder decantar Carlos Pena

e respirar este ar

poder falar de Capiba

e um frevo quente frevar

eternas pontes que cruzo

e no mangue me lambuzo

prá Josué (de Castro) celebrar