SINA
Maldita sina, flor menina
acompanha meus passos,
direciona ruas e esquinas
por caminhos tortuosos,
lança-me na sedução insaciável,
noites frias, dias nebulosos;
Maldita sina como cíclica chuva fina,
novos braços e abraços,
diferentes lábios sensuais abrem beijos vorazes,
tornando minhas defesas incapazes,
desmorona minha natureza,
e o rio segue seu curso,
deixando mais uma cativa submissa
ao amor de uma triste sina.
Andrade Jorge
maio/2005