ÁLIBI
Em meu nome
palavras são ditas e escritas,
quimeras vãs excitadas,
para matar de mim, a fome.
Acusado de ações ilícitas,
sou réu de faltas
não explícitas
inventadas ao léu.
Sob algum codinome
pareço culpado ao incréu.
Sequer mereço remição
das supostas penas.
Mas não estou ali
nem crimes cometi
sob qualquer véu.
Pairo além das ribaltas...
Por entre as estrelas
altas e serenas – amor -,
abandono-me no céu,
dentro de cada um.
Lina Meirelles
Rio, 11.08.10