Mundo desgastado

Quando respiro

Transpiro o caos.

Afugento meu ar

Num breve suspiro.

Olho, não vejo

E, o que vejo

Não percebo.

Cedo à fobia

De ouvir sem querer

O inverso da melodia.

Que agonia!

Sinto o áspero veneno

Nas mãos que me acenam.

Não toque a ferida!

A saliva sem gosto

No cheiro do esgoto

Que desgosto!

Meu mundo ficou roto.