Amar-te-ia...
Originaria em seus pés,
Rosas virgens,
Da cor de seus delírios,
Simplesmente para tu esmagar.
Em ensejos de belezas,
Colheria o perfume,
Das pétalas abatidas,
E dar-te-ia o aroma mais divino.
Semearia a terra,
Com as suas mais intimas ilusões,
Pra que as mesmas nascessem,
Unicamente para o seu deleite.
Furtaria os ventos,
E quando taciturna tua face chorasse,
O ar acariciaria suas lágrimas,
E a brisa a arrastaria além de ti.
Trucidaria a manhã fria,
Pra tu ver apenas as auroras,
Os fins de tarde,
E as noites cálidas,
Nos invernos – seria tua pele,
Nas primaveras – tua luz,
Nos outonos – a doce brisa,
No verão – uma água fria.
Em seus dedos correriam,
Os caminhos de meus rastros,
E em teus lábios,
As únicas palavras a ouvir,
E em tua Morte,
Minh’alma iria contigo,
Embora meu corpo permanecesse a andar,
Aguardando teu chamado,
Se ouvisse sua voz,
Pedindo-me para partir,
O suicídio seria meu último cúmplice,
E ao teu lado estaria... De contínuo...
E se fosse tua veleidade,
Eu renasceria – meramente pra morrer outra vez...