Amar-te-ia...

Originaria em seus pés,

Rosas virgens,

Da cor de seus delírios,

Simplesmente para tu esmagar.

Em ensejos de belezas,

Colheria o perfume,

Das pétalas abatidas,

E dar-te-ia o aroma mais divino.

Semearia a terra,

Com as suas mais intimas ilusões,

Pra que as mesmas nascessem,

Unicamente para o seu deleite.

Furtaria os ventos,

E quando taciturna tua face chorasse,

O ar acariciaria suas lágrimas,

E a brisa a arrastaria além de ti.

Trucidaria a manhã fria,

Pra tu ver apenas as auroras,

Os fins de tarde,

E as noites cálidas,

Nos invernos – seria tua pele,

Nas primaveras – tua luz,

Nos outonos – a doce brisa,

No verão – uma água fria.

Em seus dedos correriam,

Os caminhos de meus rastros,

E em teus lábios,

As únicas palavras a ouvir,

E em tua Morte,

Minh’alma iria contigo,

Embora meu corpo permanecesse a andar,

Aguardando teu chamado,

Se ouvisse sua voz,

Pedindo-me para partir,

O suicídio seria meu último cúmplice,

E ao teu lado estaria... De contínuo...

E se fosse tua veleidade,

Eu renasceria – meramente pra morrer outra vez...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 11/08/2010
Reeditado em 11/08/2010
Código do texto: T2431913
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