VERSOS MOLHADOS
Em mares camonianos naufrago,
Embora eu não tenha poesia.
E numa linha busco um verso vago
Que, de repente, minhas frases afia.
Não tenho pressa nem guardo as horas,
Apenas rezo e pelo Sol poético aguardo.
Quem sabe não hei de roubar poesias tortas
Dos versos perfeitos de Pessoa e seu fado?
Mas o que eu queria era encontrar as chaves
Que me abrissem as poesias de Castro Alves.
(Luciene Lima Prado)