Esse silêncio há de perdurar entre nós
Para o até muito depois que morrermos
E brotar as pétalas de inúteis palavras
Coloridas e perfumadas de esquecimentos
Os sorrisos esquecidos dos retratos dos dias
Hão de clamar o gozo de cada hora
Os momentos que passeiam distâncias no tempo
Hão de vir brotar um viço novo em velhas saudades
Enquanto permanecer aceso o fogo das emoções
Na permanência do que só pode arder nos corações
E quando por acaso se revolver todas essas cinzas
Nos rastros desses restos que nos põe a sós
E presas de um silêncio assim tão imponderável
Há que se encontrar e ainda que distraidamente
Todas as lembranças de tudo o que fomos nós
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 11/08/2010
Reeditado em 05/08/2021
Código do texto: T2430707
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