Tenho sede
Bebo tuas palavras deitadas
Como num rio a correr por entre árvores

Tenho fome
Devoro todos esses teus versos soltos
Como num vento azul de olhar os céus

Tenho desejo
Penetro tua poesia emocionada
Como um amante que torna a casa
Com a sede, a fome e o desejo de antes
Depois de ter partido para o nada

Tenho fome
Devoro tuas palavras ainda vivas
Antes mesmo de brotarem de tua boca

Tenho sede
Bebo teus versos como quem se embriaga
E a vida assim inteira num gole só traga

E no desejo
Deito-me com tua poesia
Como o amante que volta do pó
Tão faminto e sedento de ter estado só
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 10/08/2010
Reeditado em 05/08/2021
Código do texto: T2430668
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.