Alma de poetisa

Minha alma é prateada, um colosso claro-escuro, totalmente abstrata.

Aleatória matiz que em dias felizes dança balança, extasiada.

Frenesi quando apaixonada rompe o véu e pinoteia pincelando de dourado a via-láctea.

Num fenômeno espantoso ápice de gozo e choro, alucinada.

Melancólica, insana, desvairada

Cítrica, amadeirada, afrodisíaca

De índole generosa e altruísta, mas confundida por ambição e audácia.

Minha alma se envaidece, faz performance e me esquece

Deixando um vazio infindo

E eu saudosista choro, embora complexo o seu repertório

Viver sem alma não faz sentido.

Então ela retorna entre sorrisos e cambalhotas

Num intenso movimento de cheiro,cor e sabor vivaz.

Fonte eterna de inspirações infindas

Estrela guia de tudo aquilo que não se explica...

Sabiamente abstrata é alma de poetisa.

Tácia Rocha
Enviado por Tácia Rocha em 10/08/2010
Código do texto: T2430361
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.