Alma de poetisa
Minha alma é prateada, um colosso claro-escuro, totalmente abstrata.
Aleatória matiz que em dias felizes dança balança, extasiada.
Frenesi quando apaixonada rompe o véu e pinoteia pincelando de dourado a via-láctea.
Num fenômeno espantoso ápice de gozo e choro, alucinada.
Melancólica, insana, desvairada
Cítrica, amadeirada, afrodisíaca
De índole generosa e altruísta, mas confundida por ambição e audácia.
Minha alma se envaidece, faz performance e me esquece
Deixando um vazio infindo
E eu saudosista choro, embora complexo o seu repertório
Viver sem alma não faz sentido.
Então ela retorna entre sorrisos e cambalhotas
Num intenso movimento de cheiro,cor e sabor vivaz.
Fonte eterna de inspirações infindas
Estrela guia de tudo aquilo que não se explica...
Sabiamente abstrata é alma de poetisa.