Jornada.
Amar sem ver relógio ou calendário
Viver o tempo intenso do presente
Temer na morte apenas o que sente,
A dor que afaga todo solitário.
Saber do amor, o culto solidário,
A fome cultivada e permanente
Enquanto o corpo queima inocente
A febre tem no vício o seu salário.
É quando a carne traí, convulsa e mansa;
A pele desejando o desmedido
Aquele a quem jamais o tempo alcança
Perdeu-se a cada sonho revivido,
A nova trilha acende a esperança
Busco seu rumo e seguirei perdido.