imagem - pintura de Albrech Duere - fonte: Google brasileira
         
     
                     MÃOS
 
        Mãos amparam com ternura
        aquele pequeno ser que nasce,
        doce criança, pura criatura
        que, um dia, na vida cresce,
        alçando muitos vôos sozinha.
 
        Mãos semeiam no campo
        os alimentos que sustentam,
        depois de algum tempo,
        os que tem fome ou se fartam,
        numa sarjeta ou rica cozinha.
 
        Mãos que te estendi, um dia,
        querendo só te evitar a dor,
        mas tu as desprezaria,
        tal como rejeitou meu amor,
        sem ter dó nem compaixão.
 
        Mãos que, agora, se unem
        pedindo clemência e perdão
        pelos males que assumem
        a tua alma e o teu coração,
        querendo, enfim, meu amor.
 
        Nada, nada mais posso fazer,
        pois já não sei mais definir
        o que minh’alma está a querer.
        Se algo bom, ainda podes pedir,
        erga as mãos ao Nosso Senhor. 
 
                       SP – 10/08/10
Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 10/08/2010
Código do texto: T2429997
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.