OFÍCIO...

Em minha despretenciosa poesia,

mais do que ditas, as emoções

são apenas esboçadas

em "quase versos" que se

querem poemas.

E aprendi com esses mesmos

"quase versos", que escrever

é puxar das entranhas e

atira-los para fora, como um

poema inscrito nas paredes caiadas.

Estender um a um para que

se tornem poemas de quarador,

que a brisa e o sol vem acariciar.

A aprendiz de poeta que mora em mim

debate-se na ansia do poema.

E o ofício de viver torna-se

o ofício de escrever.

E escrevendo, o poema me diz:

eu sou a minha memória.

Aninha viola
Enviado por Aninha viola em 10/08/2010
Reeditado em 07/07/2013
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