OFÍCIO...
Em minha despretenciosa poesia,
mais do que ditas, as emoções
são apenas esboçadas
em "quase versos" que se
querem poemas.
E aprendi com esses mesmos
"quase versos", que escrever
é puxar das entranhas e
atira-los para fora, como um
poema inscrito nas paredes caiadas.
Estender um a um para que
se tornem poemas de quarador,
que a brisa e o sol vem acariciar.
A aprendiz de poeta que mora em mim
debate-se na ansia do poema.
E o ofício de viver torna-se
o ofício de escrever.
E escrevendo, o poema me diz:
eu sou a minha memória.