EXTERNO
Embala no poema todos os tons
O toque que principia pela tua alma
Faço o olhar vagar pelo espaço
No espaço que toma ao teu lado
Entre o que tiro, tiras ao lado,
Esses botões que a timidez segura
Na invasão da sua blusa aporto
Com todos os beijos em teus seios
Teu pescoço, a nuca, a boca,
Sugando tua volúpia voraz
A timidez é uma blusa no chão
Entre tuas coxas abro o teu prazer com a mão
Vejo o teu fôlego faltar no gozo múltiplo
Meus beijos te desnudam por completo
Navego por teu corpo
E minha boca insana e aflita
Torna teu gozo mais duradouro
Multiplicam-se teus desejos
No delírio de teus beijos em meu teso
Túmida e arfante, me abraça,
E me recebes com novos cantos lascivos
Enchendo-te de tanta felicidade
Deita sobre meu peito
Com um novo brilho nos olhos
Recuperamos as forças com tintos e doces e recomeçamos...
A nau não içará vela tão cedo!
Peixão89