FALSAS AMBIGUIDADES

Incalculáveis os mistérios a somar na arte da criação.

Escalas paralelas ou não, efeitos e suas formas,

Variedades ao dispor, que já se vão pelas entranhas, da cópula à gestação,

Ambigüidades aparentes,

O próprio meio ambiente dando à vida sublime expressão.

Mescla de traços que se alinham, humanos ou não.

E as formas com as cores se entrelaçam, sempre em profusão.

E assim revelam a destreza desse grande artista,

A pintar incansáveis cenas de bondade e de compreensão,

Postas que são ao toque da viva tela com a divina mão.

Funcionalidades anatômicas aprimoram recursos na subsistência,

Vez outra, inova na sua ausência ,

Criando relação de dor e dando sentido ao predador.

Ambigüidades sempre aparentes,

Segredos da natureza pincelados ao talento do criador.

Mundo animal, como obra que é,

Sequer no cosmos haverá outra orbe em tudo igual.

E não importa por agora saber qual o grau na perfeição desse mestre pintor também escultor.

Ambigüidades aparentes,

Somente no tom das cores e das formas reprimidas pelo crítico, um mal observador.

Mas para o talento posto nessa tela,

A perfeição do executor não visa ela só expor.

Está no esboço,

Antes mesmo das suas formas e suas cores revelar,

O momento predito pelo executor.

Treliças, círculos, texturas, traços geométricos,

Definidos ou não.

São os aparentes rabiscos que,

Já postos em singular comunhão,

Conspurcam as ambigüidades, revelando a proeza dessa grandiosa obra, a criação, sempre em formação.

luis roberto moreno
Enviado por luis roberto moreno em 10/08/2010
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