Sem sonetos, amor

III

Quando disse ao amor, abra-me as portas,

Tinha em mente encontrá-la já habitada,

A casa então erguida sob alicerces

Fincados no concreto de meus sonhos

Andei meus passos firmes em suas terras

Estranhas, amor, certo da procura,

O fim que nela havia, que, ao abrir os olhos,

Não duvidei daquilo que em mãos tinha

Tão só não pensei ter na minha busca

Justamente o que nunca procurei.

E, tampouco, que não eu quem procurava

Pois, era eu a coisa perdida tão-somente,

Quando já tu, amor, vinha ao meu encontro

Embebido no líquido da vida.

antônimo
Enviado por antônimo em 10/08/2010
Reeditado em 06/12/2011
Código do texto: T2429075
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