Sem sonetos, amor

II

Na lívida cor rota das maçãs

De teu rosto, o cansaço de ter pelo

Caminho os passos antes percorrido,

Jardins de flores, corpos e sussurros

Os lábios ruminando o último beijo

Na acidez de um amor já digerido,

O peito sempre casa hospedagem dantes

É o branco vazio de salas, quartos

Os teus olhos procuram na escuridão

De sombras fátuas fáceis formas frívolas,

O barro corrompido tão-só em mãos tuas

Da procura os vestígios do amor inda,

sinais vivos daquele magma, hoje

Transformado no chão firme, ilha-exílio

antônimo
Enviado por antônimo em 10/08/2010
Código do texto: T2429072
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