Sem sonetos, amor
II
Na lívida cor rota das maçãs
De teu rosto, o cansaço de ter pelo
Caminho os passos antes percorrido,
Jardins de flores, corpos e sussurros
Os lábios ruminando o último beijo
Na acidez de um amor já digerido,
O peito sempre casa hospedagem dantes
É o branco vazio de salas, quartos
Os teus olhos procuram na escuridão
De sombras fátuas fáceis formas frívolas,
O barro corrompido tão-só em mãos tuas
Da procura os vestígios do amor inda,
sinais vivos daquele magma, hoje
Transformado no chão firme, ilha-exílio