SABORES INSANOS

Destituída de minhas vestes
permiti que suas brasas me incendiassem
Dentre seus castelos de areia
e a tua vontade que anceia
verter gotas de puro desejo
Incandescente chama
quente e contínua reclama
pousar sobre meu corpo
no avesso gostoso
de minhas entranhas

Assim me tomas
e fogo arde nos reconditos de mim
Delirante de tuas mãos inquietas
de tuas maldades certas
Peço que me queime, e que não tenha fim
Despudorado de viril predicados
devora-me com apetite desenfreado
Me sorve em gostos tantos,
me consome...em todos os cantos
Pois ardemos no inferno de nós mesmos
entre carícias e sabores insanos.


Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 09/08/2010
Código do texto: T2428574
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