Convite
Eu te convido a caminhar
Por entre as muitas mortes
Da infância imolada
Da juventude ousada
Ilusões perdidas no infinito.
Dos ínfimos impulsos reprimidos
Em que ao crescer se morre um pouco a cada dia
Não dos tempos idos
Mas daqueles que não mais virão
Eu te convido a vasculhar nesse baú de lembranças
Soprar o pó secular
Reencontrar aquele brilho eterno no olhar.