PAISAGEM PELA JANELA
Em pé, ao lado da minha janela
esperando sempre a vida passar,
tal fosse uma eterna vigilante,
vejo os barcos no mar navegar.
De que me adianta o azul desse mar,
do céu, o marulhar das ondas presente?
De que me serve o cintilar do luar
Se meu mais formoso sonho está ausente...
As ondas em seu perene vai e vem
O ruído das gaivotas a voejar,
desta paisagem, está minha alma além
no horizonte, que reflete o meu olhar
Atravessando mares longínquos
flutuo além do azul do oceano
receio o tempo e com ele os desvios,
sinais que se estabelecem a cada ano.
Vitoria Moura 25/7/2010