AMOR CONTRARIADO

Na escuridão sombria dos desafios
uma voz insistente teima em não calar
Vai dissertando os nós dos fios
que teimo em não pronunciar

Eis que nada adianta silenciar-me os lábios
e matar em mim o calor dos abraços
O coração revoltado faz de mim vassalo
sofrendo em gotas transbordantes o seu cansaço

Por fim me rendo ao querer inflamado
não posso lutar contra o que me faz embriagado
Resta-me contar os dias e as noites
que se esvaem em lento passar

Bebendo das lembranças tuas
dos sonhos tão sonhados
cenas de meu imaginário
deste meu amor contrariado

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 09/08/2010
Código do texto: T2428043
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