Quero uma palavra nova
Mas não há palavra nova
Quero uma poesia desfeita
Dos trejeitos, do mau jeito
Mas sou tão imperfeito
Que desfeito o feito
De qualquer jeito de nada
Nada que valha como novo
Quero um poema limpo
Dos vícios e dos malefícios
De maus traquejos e bocejos
Dos andrajos com que me trajo
Livre do pó na testa e nos sapatos
Desconhecedor dessas estradas
Um poema recém vindo de longe
Falando de coisas tão distantes
Quero um verso claro, cristalino
Como escrito por um menino
No fim do dia depois da chuva
Um verso de emoções rentes
Com o pior do meu melhor lado
Com o olhar assim deslocado
No meu passo recolocado
Justamente ali bem distante
De onde nunca devia ter voltado
Quero nunca mais ver esse seu lado
Sempre fadado a me abandonar
Quero estar desacordado
Num certo momento dado
Em que quero amar não amar
Quero amar não mais sonhar
Quero não mais acordar...
Mas não há palavra nova
Quero uma poesia desfeita
Dos trejeitos, do mau jeito
Mas sou tão imperfeito
Que desfeito o feito
De qualquer jeito de nada
Nada que valha como novo
Quero um poema limpo
Dos vícios e dos malefícios
De maus traquejos e bocejos
Dos andrajos com que me trajo
Livre do pó na testa e nos sapatos
Desconhecedor dessas estradas
Um poema recém vindo de longe
Falando de coisas tão distantes
Quero um verso claro, cristalino
Como escrito por um menino
No fim do dia depois da chuva
Um verso de emoções rentes
Com o pior do meu melhor lado
Com o olhar assim deslocado
No meu passo recolocado
Justamente ali bem distante
De onde nunca devia ter voltado
Quero nunca mais ver esse seu lado
Sempre fadado a me abandonar
Quero estar desacordado
Num certo momento dado
Em que quero amar não amar
Quero amar não mais sonhar
Quero não mais acordar...