Eu te vi vertida em rio
Deitada em teu leito
A fluir num perdido sempre
Tão distante no tempo
No tempo de não ser mais rio
Eu te vi vestida de bruma
Tão acuada de silêncio
No beco do desespero
Na boca da escuridão
E tão erma de gritos
Tão deserta de olhares
Esvaída em gestos
Desfalecida de palavras
Eu te vi farta de sorrisos
E escassa de passos
No desamparo da tristeza
Num sonho de mudar paisagens
Eu te vi empobrecida de caminhos
Cambaleante de destinos
E tão repleta de gritos
Plena de tanta mudez
Jazias em pensamentos tantos
Sobre a pequenez dos prantos
E gritavas meu nome
Com letras indecifráveis
E sons tão indizíveis
E te vi vertida em espuma
Na bruma desse sonho vão
Carregavas meu silêncio em teu peito
E todo o meu vazio em tua mão...
(Poesia On Line, em 09/08/2010)
Deitada em teu leito
A fluir num perdido sempre
Tão distante no tempo
No tempo de não ser mais rio
Eu te vi vestida de bruma
Tão acuada de silêncio
No beco do desespero
Na boca da escuridão
E tão erma de gritos
Tão deserta de olhares
Esvaída em gestos
Desfalecida de palavras
Eu te vi farta de sorrisos
E escassa de passos
No desamparo da tristeza
Num sonho de mudar paisagens
Eu te vi empobrecida de caminhos
Cambaleante de destinos
E tão repleta de gritos
Plena de tanta mudez
Jazias em pensamentos tantos
Sobre a pequenez dos prantos
E gritavas meu nome
Com letras indecifráveis
E sons tão indizíveis
E te vi vertida em espuma
Na bruma desse sonho vão
Carregavas meu silêncio em teu peito
E todo o meu vazio em tua mão...
(Poesia On Line, em 09/08/2010)