Entre os trancos e barracos

Entre 20 e 30

Em algum lugar 10 fala alto

E entre 10 e 5

certeza que o 1 retumbante é posto de contralto

Entre dó e lá

É o si que se consome na espera

E entre amor e paixão

O ódio é quem mantém a relação

Entre o sono e a madrugada

O sol separa e lua ampara

E entre o sono e o despertar

A surpresa do dia se instala na negação da atividade dormida

E na negação do descanso encontrado no monótono costume

E entre tudo

Dá sempre dó si lá pelas tantas

Entre 20 e 30 anos não se acha nem uma história

De um surpreendente acidente de vida mesmo que entre 5 e 10

E a grande história se resume ao grave nascer e o ano 1

Uma vida

Uma história um tudo que se vai

Uma morte parada de alguém que vai sem ficar nada

Tendo mesmo assim vivido a vida e em história constante

Retingida de aquarela e com ela

Se vão as paixões e se vão os amores

Se vão os sonhos se vão os temores

Ou enfim ficam?

Ou enfim acabam?

Ou enfim estalam no nada constante e real

E no nada o tudo contrai a gripe da falta

A gripe do encontro e o vírus mortal da falta

é o que por fim contrai a doença da memória

e da dor constante inexistente e sempre presente

Danielle Rodrigues Guimarães
Enviado por Danielle Rodrigues Guimarães em 07/08/2010
Reeditado em 08/08/2010
Código do texto: T2424964
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.