Entre os trancos e barracos
Entre 20 e 30
Em algum lugar 10 fala alto
E entre 10 e 5
certeza que o 1 retumbante é posto de contralto
Entre dó e lá
É o si que se consome na espera
E entre amor e paixão
O ódio é quem mantém a relação
Entre o sono e a madrugada
O sol separa e lua ampara
E entre o sono e o despertar
A surpresa do dia se instala na negação da atividade dormida
E na negação do descanso encontrado no monótono costume
E entre tudo
Dá sempre dó si lá pelas tantas
Entre 20 e 30 anos não se acha nem uma história
De um surpreendente acidente de vida mesmo que entre 5 e 10
E a grande história se resume ao grave nascer e o ano 1
Uma vida
Uma história um tudo que se vai
Uma morte parada de alguém que vai sem ficar nada
Tendo mesmo assim vivido a vida e em história constante
Retingida de aquarela e com ela
Se vão as paixões e se vão os amores
Se vão os sonhos se vão os temores
Ou enfim ficam?
Ou enfim acabam?
Ou enfim estalam no nada constante e real
E no nada o tudo contrai a gripe da falta
A gripe do encontro e o vírus mortal da falta
é o que por fim contrai a doença da memória
e da dor constante inexistente e sempre presente